A geração "share"...

Parte I - O "lado bom" do "share"... "Vivemos na geração share. Até mesmo eu, não aguentei-me e coloquei um AddThis em meu blog. Agora, quem assim o desejar, pode compartilhá-lo, através do e-mail, do Delicious ou do StumbleUpon. Mas, exatamente agora que resolvi aderir a esa geração, pretendem acabar com ela..." Peço desculpas por fugir da objetividade do texto jornalístico e aderir à subjetividade de uma narração descritiva. Também peço perdão por publicar este artigo antes do que discutirá computação de nuvens... É que ainda não experimentei o eyeOS o suficiente... Enfim, partamos ao artigo..."

"Somos filhos da revolução,/ Somos burgueses sem religião,/ Somos o futuro da nação,/ Geração Coca-Cola" (Legião Urbana)
Se Renato Russo fosse descrever nossa geração, talvez sobrariam nomes para denominá-la. Poderia ser geração Orkut, MSN, YouTube, até mesmo geração Google... Ouso ir mais além. Somos a geração share, como já dito por alguns. Por que share? Share, é o verbo "compartilhar" em inglês. O que compartilhamos? O que recebemos? E, o que impacto isto tem na Inclusão Digital? É o que pretendo discutir.
As bandas de internet nunca foram (nem nunca necessitaram ser) tão largas. 2 Megabits por segundo talvez já seja uma banda que não atende às necessidades de muitas pessoas. Por quê? Porque nunca se compartilhou tanto. Músicas, vídeos, e-books, até mesmo sites. Ferramentas como o StambleUpon, instalado em nossos browsers, permitem que avaliemos sites e que, compartilhemos com os outros.
Também compartilhamos a nos mesmos. Sim, está incluso aqui. O Orkut, os blogs e milhares de outras ferramentas/sites da internet. E, são estes os sites mais populares da intenet. Orkut e MSN são ferramentas conhecidas por quase todos, utilizados por quase todos que tem acesso mesmo por meio de uma
Lan House. E, atualmente, nem mesmo um computador é necessário: share yourself by cell phone! (compartilhe a si mesmo pelo celular...). A maioria dos sites tem se aberto a isto. Até mesmo sites que originalmente não eram redes sociaism estão tornando-se.
Orkut, MySpace, Menssenger, Twitter, YouTube, blogs, sites de notícias, Vagalume (e semelhantes), grandes sites de entreterimento e notícias como Globo.com e Terra, Wikipedia. O que estes tem em comum? Todos estão, de certa forma, abertos ao share. Mas, qual é a importância disto? Sim, é um reflexo da inclusão digital! Voltemos a história da internet. Inicialmente esta surgiu apenas para comunicação entre governos e universidades. No entanto, com o advento de novas tecnologias (livres, freeware, é bom reforçar isto) como a
World Wide Web (WWW- Criada no CERN - Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, "Organização Européia para Pesquisa Nuclear" - sites em inglês e francês...) a internet passa a popularizar-se.
Neste primeiro momento, a internet tem seu uso ainda muito pequeno, tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Em outras palavras, os primeiros sites são extremamente simples. Para manter e construir um site, era necessário muito conhecimento de códigos
HTML. As primeiras páginas não possibilitavam o atual feedback (expressão em inglês que significa "realimentação", "resposta", particularmente falando), que também caracterizam como share. Com a popularização da internet e dos recursos que possibilitam/facilitam a criação de páginas mais completas, surge o share. Uma inclusão dentro de outra iclusão, ou seja, uma inclusão dentro da internet, símbolo da inclusão digital e revolução digital.
Quando cito share, possivelmente muitos não compreendem o que eu quero dizer. Quero citar, com share, a atual possibilidade de que o internauta possa contribuir com o conteúdo das páginas que costuma acessar. Tal possibilidade, que surge com os comentários em blogs, posteriormente tornar-se-ia cada vez maior. Os sitíos que citei são, talvez, os melhores exemplos para explicar o que é o share atualmente:
  • Orkut, MSN, Twitter, MySpace, blogs pessoais, dentre outros: tornaram-se ferramentas/redes sociais utilizadas até mesmo por quem não tem acesso à um computador (seja pessoal ou coletivo - como coletivo cito aqui as lan houses...). Aqueles que não possuem acesso a estes via computador, o fazem via celular. Nestes sites, é possível compartilhar com o mundo fotos, textos, idéias, vídeos, etc.
  • YouTube, Vagalume e outros sites de letras de músicas, sites de notícias e entreterimento como Globo.com e Terra, Wikipedia, dentre outros... Estes são exemplos de sites que possibilitam que o usuário alimente o conteúdo que ele mesmo vai usar. A Wikipedia e o YouTube são sites cujo conteúdo é totalmente colocado pelos usuários. Atualmente, sites de notícias e entreterimento de grandes grupos também tem se aberto a isto. O Terra tem o Vc Repórter, exemplo disto
Se não fosse o avanço da penetração das tecnologias digitais, não seria possível compartilhar-mos tanto. Há inclusão digital, e esta está ocorrendo. Infelizmente, numa velocidade menor que o avanço tecnológico. Não haveriam tantos vídeos no YouTube caso uma maior parte da população mundial não tivesse acesso à câmeras, à internet, à computadores. O Twitter não teria a mesma"força" sem os celulares e SMS (Short Menssage Service). Vivemos sim um processo de Inclusão Digital. Agora, o que devemos, é tentar apressá-la...
Um exercício... ou uma observação: Quer provar que há realmente um crescente processo de inclusão digital? Abra seu Orkut ou outros semelhantes e observe as pessoas que você sabe que tem acesso a computadores ou internet apenas em lan houses ou celulares... Estão se incluíndo, mesmo com dificuldades...

Frederico R. Oliveira, graduando do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás.

A SEMANA FOI ASSIM:

Telecentros, por Mariza, na segunda-feira...
Exclusão Digital, por Thiago Martins, na quarta-feira...
Existem outros meios de não ser excluído?, por Isadora Pícolo, na quinta-feira...
A geração "share", por mim, artigo que deveria ser postado ontem... Até mais..

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