Lan House: Conexão da Periferia

Em seu texto “Internet e sociedade em rede”, Manuel Castells, discute o uso da internet como ferramenta da sociedade, colocando também a questão do saber ou não usá-la. Mas a realidade do nosso país, ainda não nos permite esse tipo de discussão, o que ainda estamos vivenciando é um “Abismo Digital” entre àqueles que detêm o uso e conhecimento da internet e aqueles que não possuem essa ferramenta tecnológica. A resposta para esse problema é a Inclusão Digital, que será analisada em seus diversos ângulos por 09 (nove) graduandos do curso de jornalismo da Universidade Federal de Goiás.



Lista de postagem semanal:

Segunda-feira -> Mariza

Terça-feira -> Kamila

Quarta-feira-> Thiago

Quinta-feira-> Michel e Isadora

Sexta-feira-> Dani e Denise

Sabádo-> Frederico

Domingo-> Igor e Marielle



Gostaria de abrir essa analise, apresentando um texto não-político, pois o que se há de ver em meus textos futuros é que a Inclusão Digital, está diretamente ligada a questões governamentais.Lan House: Conexão da Periferia





"Lan House do Vale" Res. Vale dos Sonhos,Goiânia, Goiás. A proprietária, Mª Ivone Oliveira Gomes é mais uma profissional formada em seu próprio estabelecimento, muito querida na região. Ela tem grande influência na apresentação da esfera digital àqueles que antes eram analfabetos digitais daquela localidade.


O termo LAN foi extraído das letras iniciais de "Local Area Network", que quer dizer "rede local", traduzindo assim com um local de entretenimento caracterizado por ter diversos computadores conectados em rede de modo a permitir a interação de dezenas de jogadores. O conceito de LAN House foi inicialmente introduzido e difundido na Coréia em 1996, chegando ao Brasil em 1998. A tradução para o português poderia ser "casa de jogos para computador". O plural é LAN Houses. A função das Lan Houses está a muito descaracterizada apenas como uma casa de jogos, não deixa de atender ao público de jogadores em rede, mas assume novas atividades que variam conforme o público que é atendido.Nos grandes centro urbanos, vai funcionar no auxílio a acessibilidade daqueles que precisam utilizar-se da Internet, estes usuários já dominam o seu conteúdo e a tem como ferramenta, para a realização de serviços rápidos e práticos. E na periferia que as Lan Houses vão funcionar no combate a exclusão digital, com preços acessíveis e usando ao máximo o termo house, que significa casa, vão proporcionar aos usuários uma intimidade com outros usuários, por habitarem a mesma localidade, e com os proprietários desses estabelecimentos.Essa intimidade permite uma interação, troca de informações e conhecimentos sobre a tecnologia utilizada nesses espaços, o pouco conhecimento de um e de outro, somados formam grandes detentores de conhecimento sobre o assunto. Nesses estabelecimentos podem ser encontrados verdadeiros técnicos, funcionários e usuários que sem ter feito qualquer curso dominam programas, funções e aprendem expressões em línguas estrangeiras para utilizarem conteúdos internacionais. As novas tecnologias invadem também o espaço do ensino escolar, e com isso as Lan Houses adicionam à suas atividades a confecção e digitação de trabalhos escolares (principalmente universitários).A Inclusão Digital é feita de modo sútil, um tanto quanto familiar, sem desconfianças ou medos por parte daquele que é incluído. Conhecimento transmitido pela oralidade e pela prática, construindo uma tradição onde quem sabe partilha. Na periferia é assim.



Danielly Cristine,

Graduanda em Jornalismo

pela Universidade Federal de Goiás



Bibliografia:http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=201&rv=Gramatica

1 comentários:

Frederico Oliveira disse...

Achei bem legal você ter desconstruído a idéia de que os computadores "mordem". Parece brincadeira, mas ainda é o pensamento reinante... cabe a cada um ajudar a destruir este pensamento preconceituoso...

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